Depois do evento Caixa Aberta Pandora que rolou no último dia 21/05, saímos entre alguns amigos artistas para um bar e dentre os papos surgiu um tópico na conversa muito interessante. Afinal, é vantagem ou não se unir com outros artistas para construir uma carreira?
Coletivos são pontos comuns entre escritores, ilustradores, quadrinistas, músicos, atores, etc. Caminhar lado a lado de pessoas que têm um objetivo semelhante ajuda a não desistir quando surgem percalços no caminho, que são regulares para qualquer área. Eu poderia até apontar dedos e citar nomes de pessoas que só não desistiram de produzir porque estavam em um círculo de outros amigos que deram aquela força na hora, mesmo que isso tenha sido só seguindo em frente no seu próprio caminho.
É aí que mora a diferença entre ser você e ser o coletivo. Como foi dito na conversa, ninguém tem um “coletivo favorito” ou “estúdio favorito” (ok, existe a CLAMP, mas vamos olhar pelo panorama geral). As pessoas lembram apenas o nome de seus artistas prediletos e consomem seus materiais procurando por cada um. Enquanto um coletivo ajuda a dividir e solucionar problemas, só o próprio trabalho e auto-promoção são bons construtores de audiência.
Na época do podcast Café com HQ, cada integrante já tinha seu próprio site e caminho artístico sendo percorrido. Porém a formação do grupo, inicialmente voltado apenas para a gravação dos programas, permitiu uma série de ações que culminaram na nossa entrada nos eventos como autores e vendedores no estande Webcomics In Da House no FIQ 2013, por exemplo. Se não fosse esse movimento coletivo nosso, talvez nem tivéssemos nossos grupos de dicussão internos de autores independentes, onde hoje combinamos eventos para ir e não ir, encontramos parceiros para mesa, discutimos temas relacionados, entre outras coisas que nos auxiliam mutuamente.
E, veja, não usamos esses nomes de grupos como fachada pública. Cada um segue seu trabalho individualmente, apesar de constantemente aparecermos juntos e até trabalharmos em parceria algumas vezes.
Encontrar amigos para sua jornada é ótimo, mas não dependa deles para fazer seu próprio nome.
Até semana que vem, com mais um texto!
PS: Já leu o texto da semana passada? Aqui o link!
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