Já há alguns anos que se fala em empreendedorismo de palco. Pessoas que vendem as fórmulas do sucesso para que você (SIM, você mesmo!) possa também ter tanto sucesso quando elas… teoricamente. Foi uma evolução daquelas palestras motivacionais que fizeram sucesso antes dessa nova onda.
Eu mesmo acompanhei alguns gratuitamente pelos seus canais no YouTube e listas de e-mail e até aprendi alguma coisa, mas em certo ponto senti que estava numa espiral de repetição de provas antigas e cansei de tentar absorver algo novo. Mas a galera que pagou caro, fez os cursos e participou das palestras, na grande maioria das vezes bem intencionada, resolveu criar seu próprio negócio e tentar a vida sem um patrão. O que inundou nos últimos anos o mercado de cursos online com uma série de pessoas que têm pouco a acrescentar sobre algo que se propuseram a ensinar. E é aí que mora o risco de você comprar um EAD (ensino à distância) vagabundo. E eu sempre lembro:
“Todo dia sai de casa um malandro e um otário, se os dois se encontrarem sai negócio.” – Ditado popular
Depois de aprender como funciona basicamente o sistema destes empreendedores de palco eu pude reconhecer o padrão em outras pessoas e anúncios apostando na mesma técnica de vendas. O que não é problema nenhum, pois a técnica é boa mesmo e funciona para chamar a atenção e trazer um possível cliente para seu produto. Mas é difícil saber se você foi convencido que o curso é bom pela promessa de conteúdo ou se a boa falácia que foi a isca.
Já problematizei o cenário, agora qual seria uma solução? Fugir de cursos que prometem demais. Se promete que após pagar e fazer o curso você vai desenhar e pintar igual DaVinci, compor como Bach, escrever como George R. R. Martin, ganhar dinheiro como Sílvio Santos, corra. Mas corra muito! Essas são as piores armadilhas. A segunda etapa e fazer a checagem de fatos: a pessoa possui algo mostrando que a experiência que ela quer passar é real e pessoal ou é só uma terceirização de uma técnica que funciona na teoria? Ela tem a capacidade de ensinar ou só consegue reproduzir por ela mesma? Outros alunos saíram com resultados positivos e próximos da proposta?
O mais justo nestes casos é a pessoa que quer ensinar algo e receber por isso explicar e focar o máximo possível seu curso para que não venda peixe por baleia. Ao invés de vender um curso completo de desenho, que tal um de como desenhar melhor objetos, animais, perspectiva ou cenários. Ao invés de como ganhar dinheiro com arte, que tal ensinar o básico de licenciamento, de portfólio, de freelancer. Procure cursos mais simples e diretos que a chance de errar é menor.
Até semana que vem!
PS: Já leu o texto anterior? Aqui o link!
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