Este texto na verdade começou dentro do artigo sobre ideias geniais, mas achei melhor separar as coisas.
“Autocrítica é o processo de análise crítica de um indivíduo (ou, coletivamente, de uma sociedade ou instituição) sobre seus próprios atos, considerando principalmente os erros que eventualmente tenha cometido e suas perspectivas de correção e aprimoramento.” (Wikipedia)
Sou um grande apoiador da autocrítica, acho que ela é uma grande energia potencial que temos dentro de nós. Como já conversei certa vez com um amigo, não sei se é possível ensinar alguém a ser mais autocrítico, parece ser algo que a experiência de vida e as suas referências vão moldar. Mas vou tentar aqui abrir os seus olhos para isso.
[emaillocker]Recentemente li um texto sobre um artista que desistiu de tentar entrar no mercado de quadrinhos Marvel/DC. O texto é bem interessante, mostra o esforço e o longo caminho que ele percorreu até chegar a essa decisão. Curioso, fui buscar as artes que ele produz e encontrei um estilo que não se encaixa muito bem com o que ele tinha de meta. A sua arte não estava pronta para entrar em uma revista dessas editoras, mesmo após anos e anos de treinos. Talvez porque ele não conseguia ou até porque não queria ver o quão longe ainda estava de chegar naquele nível.
Claro, ninguém gosta de olhar para as artes que produz e achá-las feias ou ruins. Ou mesmo se comparar com algum outro artista e acreditar ser impossível chegar naquele nível e por isso sentir vontade de desistir. Isso é realmente triste e pode até levar as pessoas a lugares sombrios da mente. Absolutamente não é esse nível de autocrítica que precisamos carregar conosco! Vou contar um segredo para você sobre artistas: a insatisfação é uma constante e a síndrome do impostor é uma epidemia na classe. Mas nem por isso todo artista odeia o que produz.
A comparação do seu trabalho com outras obras ou com a versão idealizada dele precisa acontecer para que ocorra a melhoria constante. Na história da arte aprendemos que os grandes escultores estavam sempre buscando a perfeição além da realidade, que os grandes pintores buscavam representar o mundo sempre de forma mais detalhada, simbólica ou viva possível, e assim por diante.
De alguns anos para cá venho buscando o meu aprimoramento constante. A cada curso que faço, a cada palestra que assisto, vejo o quão pouco sei e o quanto tenho a melhorar na minha produção. São os lenços do mágico que vão sendo retirados do bolso do mágico, um a um, infinitamente. Com isso vou refinando meu trabalho de autocrítica, vendo onde posso melhorar e sempre tendo um resultado final um pouco acima do anterior. Por isso guardar seus trabalhos antigos é importante: para que o trabalho atual seja destacado como seu melhor, mesmo você sabendo que em breve fará melhor que ambos.
E assim seguimos a caminhada em direção ao horizonte inalcançável da qualidade artística ideal.
Até semana que vem com mais um texto!
PS: Já leu o texto da semana passada? Aqui o link!
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