Fullmetal Alchemist: o mangá, o anime e eu

Artigos / 21 de abril de 2020 / Digo Freitas

Eu acredito que as obras que a gente mais gosta geralmente são as mais influentes no que a gente produz.Lembra da época que assistir anime online era um luxo de poucos? Pra ver qualquer episódio você precisava descolar um DVD de um amigo ou baixar aos poucos os episódios hospedados em sites como Megaupload, 4shared, etc, antes de serem derrubados por violação de direitos autorais. A verdade é que os mangás e animes só são o que são no mundo todo porque a pirataria facilitou o acesso lá atrás. Felizmente hoje temos Crunchyroll e outras paradas pra facilitar o acesso a essas obras!

Enfim… Conheci Fullmetal Alchemist quando ainda estava no ensino médio, ainda aquele primeiro anime que destoa totalmente do mangá em certo ponto, mas que na época eu era apaixonado mesmo assim. Isso era 2005 ou 2006. Todo mundo doido no Naruto e eu baixando e assistindo os RMVBs xexelentos dessa história de um garoto baixinho com partes metálicas no corpo, seu irmão-armadura e poderes mágicos de transformar coisas.

Quando eu já estava na faculdade, surgiu o Fullmetal Alchemist: Brotherhood, anime que seguiria melhor a história do mangá. Anime perfeito, trilha sonora apaixonante, um clássico que estou reassistindo aos poucos pra matar a saudade.

A JBC até já tinha lançado o mangá por aqui na época que o primeiro anime era exibido, mas era um meio-tanko com um preço muito acima do meu orçamento de estudante e com um papel jornal péssimo. Anos depois eles anunciaram o relançamento com melhor qualidade e eu, já empregado, comprei tudo de uma vez sem pensar!

Esse mangá é hoje uma das minhas pérolas da coleção de quadrinhos e acho que deveria ser mais reverenciado ainda. Gosto como ele é divertido ao mesmo tempo que discute temas como bem e mal, racismo, religião, etc.

E quando bolei o Tinta Fresca, aos poucos fui percebendo o quanto essa obra influenciou nas minhas ideias. No segundo volume, Linha de Frente, eu até trouxe algumas ideias da coleção da JBC pra dentro da nossa HQ que deram um brilho na edição, como as tirinhas e os interlúdios.

Fiz até uma tatuagem de FMA. Um dia quem sabe faça outra…E pra você, qual a obra que você tem uma relação de carinho e te inspira?

Nos próximos dias vou explorar sempre algum ponto da minha produção de quadrinhos aqui e aproveito pra divulgar que dia 23, esta quinta-feira, entra no ar a campanha para financiar o terceiro e último Tinta Fresca chamado “Arte-Final”. Conto com o apoio de todos.

Valeu!