Vem caminhando entre mais de 700 dias e passa voando em 5. Esse é o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), que ocorre a cada dois anos em Belo Horizonte.
Em 2011 fui como visitante e prometi: em 2013 eu volto com um livro debaixo do braço! E não só voltei com livro, como fui com dois e não debaixo do braço, mas com stand e tudo. Eu vou ficar enchendo a bola do evento o post todo, então se você tem qualquer opinião contrária, já vá anotando seus argumentos para os comentários.
Eu cheguei em BH por volta das 12h, com meu amigo, quase vizinho e parceiro da web, Rafael Marçal (Proféticos). Deixamos as malas no quarto quíntuplo que dividiríamos com Wesley Samp (Os Levados da Breca), Leonardo Maciel (Nabunda Nada) e Carlos Ruas (Um Sábado Qualquer) (no final, acabou que o Ruas trocou de quarto e quem dormiu na nossa bagunça foi o Pietro, assessor do Ruas). No nosso hotel também estavam os colegas de hotel Guilherme Bandeira (Objetos InAnimados) e Pedro Balboni (Joãos & Joanas), além das mascotes Laís e Andréia (que fui descobrir que era a mesma Facebook e do Twitter só no domingo).
A Serraria Souza Pinto, onde acontece o FIQ há algumas edições já, teve sua organização toda replanejada, valorizando os corredores e as exposições, colocando o palco no estacionamento, adicionando uns ar-condicionados e tudo mais. De uma edição para a outra a estrutura evoluiu muito! O que regrediu foi a área em volta da Serraria, que baixou muito o nível da segurança e da limpeza também. Não tinha como se sentir seguro por aí, mesmo com a Polícia rondando todos os dias quase o tempo todo. Mas dentro do local, tudo sereno (na media do possível).
O stand das webcomics (aka “Webcomics In Da House”), além do pessoal citado anteriormente, contou também com as ilustres presenças de Fábio Coala (MenTirinhas) e a sua Sra. Coala, mais os dois Lobo Limânicos, Yoshi e Keiichi, que me fizeram voltar do evento falando cantado que nem paranaense. Só faltou escapar uns “daí” para acabar de vez com meu sotaque de interior de São Paulo.
No primeiro dia apanhamos um pouco da organização dos produtos e as nossas três mesas que tínhamos para organizar tudo, já que as prateleiras que prometeram eram mais um estoque do que um local para exibir produtos.
Já no segundo dia inventamos as promoções de combos que bombaram as vendas, mas ferraram as meninas do caixa por causa das porcentagens. Arrumamos tudo mesmo só na sexta, quando definimos os valores com desconto para cada livro vendido no dinheiro. No final, os combos foram um sucesso! Como o Ruas vende muito por padrão, o pessoal acabava pegando uma coisa ou outra do resto da galera do stand e fechava seu descontinho. Para mim foi muito legal ver que O Pedreiro vende muito bem, mesmo que o público não tenha a menor ideia de quem é o personagem, o Esboçais ou Digo Freitas, porque “cantada de pedreiro” é um termo já consolidado na cultura brasileira. Deixei quase tudo que levei de Pedreiro para BH em BH, graças à essa sorte. Eu esperava vender razoavelmente, mas acabou superando bem as expectativas.
Sobre o público, para mim, que fiquei quase o tempo todo lá vigiando o stand (e perdendo o funky que rolou lá fora, as cervejadas da galera e até uma oficina de roteiro com o Vitor Caffagi), pareceu um pouco menos frenético do que em 2011. Mas também, pudera, tivemos o homenageado como ninguém mais que Maurício de Sousa em 2011, agora em 2013, mesmo para mim sendo um mito tão grande ou maior, que é o Laerte (ou a Laerte, ou a Sônia, ou sei lá mais como chamar também), o público em geral não conhece muito seu nome. E eu acabei nem vendo o cara no evento, um dos meus pontos baixos nesse FIQ. Perdi realmente muita coisa legal, muito quadrinho bom que acabei não comprando porque ficou tarde demais…
Mas, cara, eu participei do livro que fez o Sidney Gusman chorar de emoção e dizer que foi o melhor presente que ganhou na vida depois das filhas e o Maurício ficar folheando feliz. Demais. O álbum foi excelentemente organizado pelo brother Herbert Berbert, também quase vizinho. Isso já pagou a minha viagem inteira.
Legal conhecer o Solon, Marco Oliveira, Ana Lu, Gustavo Borges, Milena Azevedo, Diego J., e todos os outros que eu vou esquecer de citar aqui, mas que conversaram comigo. Fiquei devendo bater um papo com muita gente, então fica aí como meta pra 2015: sair mais do stand para curtir o evento. Se em 2011 eu SÓ passeei, nesse ano eu quase nem vi o que rolou. Mas foi bacana a interação nas vendas também.
Dei uma de vendedor de loja de departamento todos os dias e aprendi mais ainda a como lidar com o público. Logo mais começo a dar palestrar sobre como vender seu livro falando bem dos outros livros.
O FIQ foi sensacionalmente mágico mais uma vez. Revigora as energias quadrinísticas dentro de mim e me dá mais um bom motivo para viver mais dois anos.
É isso, já está atacando a minha tendinite (que o Marçal insiste em sacanear minha necessidade de usar munhequeira) e nem sei se alguém lerá essa pequena bíblia aqui.
Tem mais novidades pra escrever, mas vamos um passo de cada vez agora. Aproveitem as fotos.
Abraços!
Show de bola, mano!! Vc me deixa orgulhoso… Sucesso sempre! E não me deixe sem ler esses quadrinhos feras que vc trouxe, vou querer conhecer. Abração!
Opa, só pegar aqui na pilha hehe
Abraço!
Você foi quase um segurança lá no Stand, né Digo!? Hahaha :p
Que bom que vendeu bastante! Estou devendo a encomenda do livro. Já separa aí e pensa num autógrafo bem legal! 😉
Tá devendo mesmo! Pague o aluguel!
Você foi O CARA, Digo! Curti demais dividir stand com você. Vamos repetir a dose no Gibicon!!
Vai ficar meio difícil pegar o Gibicon, meio corrido, mas quem sabe não role? Nunca se sabe hehe